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sociedade

CSS | 15 de Dezembro de 2017

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José Torres
Consultor imobiliário

A mediação imobiliária
– desconfiamos do que
desconhecemos
Vender o próprio
– algumas questões a considerar
Hoje a mediação mobiliária é uma
atividade especializada que requer uma
qualificação cada vez mais exigente.
Tal como nas restantes atividades
humanas, os cidadãos estão cada vez
mais esclarecidos e exigentes. Para conseguirem dar uma resposta adequada,
hoje os consultores imobiliários estão a
dar uma importância crescente à qualidade dos serviços prestados, que constituem um importante elemento diferenciador nesta atividade económica.
A generalidade dos proprietários,
quando tentam vender os seus imóveis pelo processo “vende o próprio”,
não dispõe das condições para prestar
esses serviços. Começa desde logo com
a falta de elementos para uma determinação correta do preço de mercado
e pela deficiente e limitada promoção
e divulgação que conseguem fazer, os
dois aspetos mais importantes e que na
maioria dos casos se tornam decisivos,
na venda de um imóvel.
Mas há outras questões que não são
de descorar, designadamente:
Deixar entrar na sua casa qualquer
pessoa, desconhecendo se o seu objetivo
é comprar ou se tem em vista obter
apenas informações sobre a sua família, sua composição, hábitos, empregos,
etc, sabe-se lá para que fins, colocando
em risco a segurança da sua família;
Não qualificar antecipadamente os
clientes antes de lhes mostrar o imóvel,
resultando muitas vezes numa mera
perca de tempo e de oportunidades.
Acertam-se as condições do negócio,
avança-se para o pedido de financiamento bancário e depois descobre-se
que os clientes nunca saíram do mundo da fantasia, confundiram os gostos
e os desejos com as suas possibilidades
reais e não dispõem de condições económicas para o adquirir;
Não dominar os conceitos de
“home staging” e da fotografia
imobiliária(posteriormente debruçar-me-ei sobre este tema, atualmente ainda desconhecido do grande público);
Ter apenas disponibilidade para
os imóveis em horários incompatíveis
com os dos compradores, ou em horas
desadequadas;
Não terem possibilidade de ajudar
o comprador, tanto no pedido do crédito bancário, como no processo burocrático e formalidades legais que envolvem a venda do seu imóvel, tanto
em disponibilidade de tempo, como em
conhecimento sobre todo o processo;
Não definirem por escrito que
equipamentos entram no negócio,
designadamente os eletrodomésticos
da cozinha e outros, havendo apenas
compromissos verbais que em caso de
conflito são facilmente desrespeitados;
Não dominarem os termos e as exigências inerentes às diversas fases do
processo, designadamente na reserva,
Contrato de Promessa de Compra e
Venda, Escritura e diligências posteriores junto dos organismos públicos.
Torna-se assim numa atitude sensata e na maioria das vezes economicamente vantajosa, solicitar a ajuda de
um consultor imobiliário.

Sem votos contra, A Assembleia
de Freguesia aprovou plano
de actividades e orçamento
para 2018
Instrumento determinante da intervenção da Junta em cada ano civil, a Assembleia de Freguesia
da Quinta do Conde aprovou, sem qualquer voto contra, as grandes opções do plano para 2018,
vulgarmente denominadas de plano de actividades e orçamento.

A decisão tomada a 7 de Novembro, no
decurso da primeira sessão ordinária do
actual mandato autárquico, reitera assim
a prossecução do trabalho desenvolvido
pelas equipas que têm dirigido os destinos
da freguesia nos últimos anos, visando a
melhoria da qualidade de vida dos seus
habitantes.
Orçado em cerca de 450 mil euros,
o referido documento estabelece as
prioridades de actuação da autarquia
quintacondense nos próximos tempos,
salientando-se as áreas da educação e

ensino; cultura e património; acção social;
habitação e saúde; a par do planeamento
e requalificação urbanística, ambiente e
espaços verdes, mas, também, no domínio do trânsito e mobilidade, segurança e
protecção civil.
Trata-se, de acordo com Vítor Antunes, presidente da referida junta, “de um
documento que dá continuidade à actuação que caracterizou intervenção da junta
em mandatos anteriores; prevê a execução
de um conjunto de obras, entre elas, de
um parque canino e a criação de vários

serviços, ao mesmo tempo que reivindica outras junto das respectivas entidades,
como são os casos, da Escola Secundária, de um lar de idosos na freguesia e a
ampliação do centro de saúde.”
Tudo isto, diz, ainda o autarca quintacondense, “sem deixarmos de prosseguir a
nossa luta visando a eliminação da injustiça que é feita a esta autarquia em sede de
fundo de financiamento das freguesias,
da qual resulta que, sejamos a localidade
seja a que, a nível nacional, menos valor
recebe por habitante”.
Ao longo dos trabalhos, os membros
do órgão deliberativo da freguesia apreciaram ainda o relatório de actividades
desenvolvidas pela junta entre Setembro
e Dezembro, tendo o presidente do executivo prestado alguns esclarecimentos
suscitados pelas diferentes forças políticas
representadas na aludida assembleia.
A par destes assuntos, a citada sessão
contemplou ainda a aprovação de um
voto de pesar pelas vítimas dos incêndios ocorridos este ano no nosso país, um
voto de louvor às corporações de bombeiros que contra eles lutaram; um voto de
boas festas a todos os habitantes; diversas
recomendações acerca de vários temas de
interesse para a localidade; saudações alusivas ao Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência, Dia Mundial de Luta Contra
a Sida; Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher e uma
moção reivindicando vários equipamentos sociais para a localidade.

RESPEITAMOS PARA NOS RESPEITAREM…
José Mantas

Nós adultos, sejamos educadores, profissionais, familiares; somos educadores e
responsáveis pelas crianças e adolescentes, somos quem lhes transmite valores,
educação, crenças, etc. Ensinando-os a
serem, no seu futuro adultos responsáveis,
autónomos e capazes de cuidar e educar
outros. Assim sendo todos nós temos
um papel imperativo na sociedade e no
desenvolvimento. Somos muitas vezes
os modelos para as nossas crianças, pois
como se sabe, as mesmas desenvolvem o
seu comportamento através da imitação
das figuras de referência (habitualmente
pais). Precisamos de ter presente a importância das nossas ações e o impacto das
mesmas nos outros que nos envolvem.
É obvio que nem todos os comportamentos apresentados pelas crianças e adolescentes se devem à imitação de padrões
de referência, pois existem fatores que

influenciam, tal como a personalidade e
contextos onde os menores estão inseridos.
Mas…
Por exemplo, que exigência podemos
nós fazer ás nossas crianças para não
dizerem asneiras, ou para não mentirem,
não gritarem, baterem ou ousarem tentar
agredirem adultos, quando nós somos os
primeiros a fazê-lo para com eles?? Claro que existe uma hierarquia a respeitar
cujos menores devem obedecer aos adultos, mas para isso nós temos que dar uso á
frase inicial: ensinarmos o respeito fazendo-nos respeitarem-nos.
Para que a criança compreenda realmente que utilizar a mentira tem consequências negativas e não é saudável para
a manutenção de relação com os outros;
deve começar a fazê-los em casa com o
exemplo dos adultos. Se cada vez que queremos falar com os nossos filhos lhes gritamos, obviamente que chegará o dia em
que os mesmos tentarão responder-nos
desta forma (porque é este o padrão que
conhecem, é desta forma que são educados). Se cada vez que estamos chateados
com o comportamento dos menores e
queremos mostrar-lhes isso, chamando-

-lhes nomes ofensivos (sendo considerada esta agressão verbal)… e aí assistimos
muitas vezes os filhos a falarem desta
mesma forma, desajustada, para os pais
(ficando nós envergonhados quando é
em locais públicos, mas muitas vezes isso
acontece no nosso próprio contexto familiar).
Para evitarmos esta realidade precisamos de nos dar ao respeito, mostrando
por palavras, gestos, comportamentos e
ações que a forma como somos para as
crianças e adolescentes é como nos devem
tratar, evitando-se os exemplos enumerados e preconizando os bons valores, educação e comportamentos assertivos, com
uma comunicação adequada (sendo a verbal e a não verbal congruente uma com
a outra, pois as nossas ações devem ser
reflexo das nossas palavras e vice-versa,
não podendo exigir aquilo que fazemos
de maneira diferente).
É essencial pensarmos as nossas ações,
colocando-as em causa, pois só através da
capacidade crítica percebemos o que está
menos bom, de forma a alterar as mesmas.
Pois para além de todos nós o devermos
fazer, a psicologia tem o dever de auxiliar
nesse percurso reflexivo.