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sociedade

CSS | 07 de Abril de 2017

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Cordão humano exigiu construção
de escola secundária na Quinta do Conde

Um cordão humano, ligando a sede dos três agrupamentos escolares da Quinta do Conde, exigiu a construção de uma escola secundária na localidade.

DR

A iniciativa realizada na manhã de 30 de
Março, reuniu alunos, professores, encarregados
de educação, autarcas da freguesia e do
Concelho de Sesimbra, representantes de várias
estruturas associativas de pais e encarregados
de educação, instituições da freguesia e forças
políticas com assento parlamentar, culminando
numa concentração no agrupamento de escola
Michel Giacometti.
A aludida acção reivindicativa, promovida
pelas associações de pais da localidade, Junta de
Freguesia e Câmara Municipal de Sesimbra, visou
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sensibilizar o Governo para a urgente necessidade
da construção de um estabelecimento de ensino
secundário na Freguesia e a consequente adopção
da recomendação aprovada, sem nenhum voto
contra, pela Assembleia da República em 2016,
tendente à concretização do citado equipamento
escolar.
No decurso da referida concentração Ana
Vicente, representa das associações de pais e
encarregados de educação da Quinta do Conde,
sublinhou que o objectivo da manifestação teve
como intuito a concretização deste legítimo

e justo anseio da comunidade local, ante as
dificuldades que diariamente a afecta, “quer
em temos económicos, quer no que se reporta
ao aproveitamento escolar dos nossos filhos,
obrigados a ter de se deslocar para outros
concelhos em resultado da falta de escola que
responda ao crescente aumento populacional da
Freguesia”.
Para Vítor, Antunes, presidente da autarquia
quintacondense, “é estranho que o Governo
ignore a decisão da Assembleia da República
nesta matéria, procurando adiar a resolução de
um problema que se arrasta há muito tempo, sob
o argumento de que são necessário mais estudos,
para além de todos os que já foram efectuados.
Trata-se,” disse, “de uma manobra que pretende,
objectivamente, protelar uma decisão que urge
há demasiados anos.”
Segundo ainda com o autarca, “os
constrangimentos financeiros que tal adiamento
provoca nas famílias e os custos sociais que
decorrem dessa desculpa, prejudicam gravemente
a comunidade e em especial a juventude. Por isso,
conclui: “É em nome dos jovens e do seu futuro,
que exigimos a rápida realização da obra, para a
qual a Câmara Municipal já em devido tempo
cedeu gratuitamente o respectivo terreno.”
De acordo com Felícia Costa, Vicepresidente da Câmara Municipal de Sesimbra,
“o protelamento da decisão é incompreensível,
posto que já em 2002, quando do processo de
aprovação da Carta Escolar do Concelho, o
Ministério de Educação reconhecia a necessidade
de um estabelecimento de ensino secundário
nesta Freguesia, uma das localidade que a

nível nacional, maior crescimento demográfico
registou nas últimas décadas, e cujo inicio da
obra chegou a estar previsto para 2008.”
No entender da edil sesimbrense, “a Câmara
Municipal respeitou todos os compromissos que
então assumira, mas os diversos governos que
têm gerido o país, não honraram os seus. Um
deles, é a construção de um estabelecimento de
ensino secundário na localidade.”
Na opinião de Felícia Costa “não se pretende
uma escola megalómana e sumptuosa, como
outras que foram construídas neste país, em
lugares onde não existe população e hoje se
encontram quase abandonadas devido à falta de
alunos. O que preside a esta reivindicação desde
a primeira hora, é o futuro desta terra e dos filhos
de quem nela habita. Logo, o que nos move é
forçar os responsáveis governamentais a olharem
para ela com o olhar que lhe é devido.”
foto: Vitor Antunes

Terreno cedido pela Câmara para a
construção da Escola.