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entrevista

CSS | 11 de Novembro de 2016

4

“Não sigam modas, criem
o vosso próprio estilo”

direito

Paulo Silva

ESCREVER DIREITO
Inicio hoje, a minha colaboração com
o Comércio do Seixal e Sesimbra, com
este projecto de escrever regularmente
sobre questões jurídicas, ou seja sobre
aquilo a que tenho dedicado toda a
minha actividade profissional.
O direito é algo complexo que está
presente na nossa vida, sem que muitas
vezes nos apercebamos disso… Todavia,
quando pedimos um café estamos a
celebrar um negócio jurídico, o mesmo
acontecendo quando compramos
um jornal. Mas, quando casamos,
igualmente estamos a celebrar um
negócio jurídico e dos mais complexos!
Quando constituímos família estamos,
do ponto de vista jurídico, a assumir
um conjunto de direitos e obrigações.
O direito está omnipresente na nossa
vida e diariamente praticamos dezenas
de negócios jurídicos.
A nossa vida diária é composta de
uma multiplicidade de actos jurídicos,
que nos trazem uma complexidade
de deveres e obrigações, as quais nem
sempre entendemos o seu significado.
A nossa vida em sociedade é
influenciada pelas normas jurídicas
existentes e senão as conhecermos
podemos ter problemas na nossa vida
em comunidade.
Por isso regularmente, temos dúvidas
sobre questões jurídicas que gostaríamos
de ver dissipadas. Frequentemente, sou
questionado, por amigos e conhecidos
sobre situações concretas da vida
diária que carecem de resposta de um
profissional forense. É que, como dizem
alguns dos meus amigos, “ter um amigo
advogado é sempre útil”
Esta rubrica pretende esclarecer as
vossas dúvidas, num serviço público de
esclarecimento jurídico que o Comércio
do Seixal e Sesimbra pretende prestar
aos seus leitores. A vossa colaboração
será fundamental para o sucesso desta
iniciativa.
Agora poderão enviar as vossas dúvidas
sobre questões jurídicas para este jornal,
através do email comerciodoseixal@gmail.com,
indicando ainda o vosso contacto
telefónico, porquanto pode haver
duvidas da nossa parte que urge dissipar,
antes de darmos resposta.
Semanalmente esperamos responder
às vossas questões, esperamos esclarecer
as vossas dúvidas.
Pontualmente escreveremos, igualmente
sobre questões jurídicas que estão em
discussão na opinião pública, todavia o
objectivo principal é esclarecer juridicamente
os leitores deste jornal.
Como repararam, falei sempre no
plural, porque só sei trabalhar em equipa,
e neste desafio vou estar acompanhado
pelos outros advogados da “Paulo Silva
e Associados – Sociedade de advogados”.
Assim aguardamos as vossas questões.

Bruno Rochard de 34 anos, natural de Paris, a viver há 11 anos no Seixal
é um empresário de sucesso e, DJ do nosso concelho. Reconhecido
Internacionalmente, fama, essa, que o leva todos os anos ao Catar. Faz da
música, uma das suas formas de vida.
Há quanto tempo surgiu o
“Bichinho” pela música?
Penso que todos nós somos
"contaminados" pelo bichinho da
música. Depois dependendo dos nossos
percursos ao longo da vida, vamos ou
não levando esta paixão mais avante...
Posso dizer que este meu interesse
um pouco mais sério, surgiu quando
comecei a frequentar espaços noturnos,
neste caso clubs, nomeadamente em
Lisboa, e também a ter uma melhor
noção do efeito da música nas pessoas,
e isso levou-me a querer um dia, porque
não, expressar-me através da música.
Para além disso, e graças aos meus pais,
tive o privilégio de poder frequentar
uma escola de música durante 4 anos
da minha adolescência.
Tens algum curso? Ou, é mesmo
dom?
Não, não tenho qualquer curso... Tudo
o que aprendi a nível técnico foi-me
incutido pelo meu melhor amigo e
DJ igualmente o Flip de Riviera, que
me deu aquele "empurrão" para este
mundo. Dom, não lhe daria esse termo,
ou não iria tão longe... Penso que o teu
gosto e seleção musical podem fazer
com que tenhas queda para a coisa,
além de tudo, as pessoas que te ouvem
ou seguem devem conhecer de avanço
o teu trabalho, o teu género, estilo e o
resto vem por arrasto.
Um concelho para novos aspirantes
a Dj?
Não sigam modas, criem o vosso
próprio estilo, independentemente de
ser compreendido ou não, mais cedo
ou mais tarde serão recompensados.
Mantenham-se fiéis à vossa linha e à
vossa identidade.
Há quanto tempo és Dj?
O meu primeiro gig (apresentação de
um artista ou banda de música), se assim se
pode chamar, foi em 2007, portanto à
praticamente 10 anos, a convite dos Let’s
Celebrate (Empresa de Organização
de Eventos), os quais seriam uma das
minhas rampas para outros palcos.
Como divides o teu tempo entre
o trabalho (Dj / Empresário) e a
Família?
Quando fazes aquilo de que gostas,
é sempre motivador. Posso dizer que
tenho essa felicidade graças a Deus.
De qualquer das formas, há momentos
sempre mais complicados em que o
tempo aperta, ou mesma as saudades
se tornam incontroláveis. A minha
atividade artística é mais praticada no
médio oriente o que faz com esteja
longe da família e por vezes é difícil
gerir esse tipo de situação, mas lá está,
quando fazes o que gostas, isso ajuda!
Na faceta empresária, tenho a vantagem
de trabalhar com pessoas de confiança
o que me facilita bastante a vida, mas
é evidente que é uma atividade que
requer a tua atenção diária. Mas com
a ajuda da família, as coisas ficam mais
facilitadas!

Sei que vais todos os anos para fora,
onde mesmo? E, como surgiu esse
convite?
Sim é verdade, para o Catar, mais
precisamente Doha, Capital do Catar.
Quando me encontro por lá, por vezes
também surgem gigs (apresentação de
um artista ou banda de música) no Dubai,
mas Doha é a base! O Convite surgiu
através de um amigo meu, que na
altura em 2012, era Assistant Manager
do spot (local) onde toco presentemente,
o Wahm. O Dj residente tinha ido de
férias, e então como o meu amigo Doni
era um ouvinte dos meus sets (conjunto
de canções), achou que a minha onda se
enquadrava no conceito do espaço e aí
surgiu o convite para duas semanas,
que depois se transformariam em…. 5
anos.
Qual o critério que utilizas na hora
de selecionar as músicas?
Como é evidente, tudo depende do
crowd (público) que tens á tua frente, da
cidade onde estás a tocar, do país, da
faixa etária, etc… Depois, tens espaços
onde consideras que é a tua casa, e
aí o critério também se altera, mas a
cada momento em escolho uma faixa,
tento sempre surpreender o público e
com isso não ser previsível, mas sim
“fresco”.
Qual o segredo para o teu sucesso?
Não lhe chamaria sucesso. Tudo tem
apenas sido consequência das escolhas
que tomei, das decisões tomadas nas
alturas mais importantes da minha
vida, e claro do apoio de Deus, da
família, e dos meus amigos.

O que pretendes fazer daqui a 5 anos?
Ui… essa pergunta aparece sempre!
Neste momento, tudo o que tenho
vindo a fazer ou construir, tem um
intuito, tem um objetivo, quem me
conhece bem sabe do que estou a falar,
mas preferia guardar este meu projeto,
e revelá-lo lá mais para a frente. Mas
num balanço geral, espero ter a minha
família e amigos do meu lado, com
saúde!
O teu novo projeto o Bar Copofonia
está super irreverente. De onde veio
a ideia para a decoração e, qual o
conceito criado no mesmo?
A menina dos meus olhos, Copofonia!
É uma “caldeirada” das minhas viagens
ao longo destes últimos anos. É um
resumo de tudo o que vi por aí fora,
que depois decidi aplicar num espaço
só. A bem dizer, não tem bem um
conceito definido, no fundo apenas
quis gerar um misto de ambientes num
local “quente”, acolhedor e com isso
criar as suas próprias bebidas, algumas
vindas de fora, as quais tive o prazer
de provar em viagens que fiz. É, e
será sempre um espaço em constante
mudança, e para este ano, está já a ser
preparado um inverno mais quente de
forma a podermos apreciar a nossa bela
e histórica praça Luís de Camões, no
Seixal.
Proponho-te um desafio para
a despedida, um refrão para
terminarmos esta entrevista?
Não és aquilo que tens, mas aquilo que
dás. Obrigado pela oportunidade, foi
um prazer!

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