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SOCIEDADE

CSS | 27 de Outubro de 2017

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Comemoração do
19.º Aniversário do
Mensageiro da Poesia
Foi no dia 22 de Outubro que se
comemorou com muita alegria e entusiasmo
o 19.º aniversário do Mensageiro da Poesia,
Associação Cultual e Poética. Este evento
teve lugar no Centro Cultural das Paivas
e iniciou-se pelas quinze horas. A mesa
de honra foi constituída por Luís Neves,
Presidente do Mensageiro, António
Pepe Presidente do Centro Cultural das
Paivas, Helena Quintas representante
da Freguesia de Amora. A sessão solene
foi iniciada pelo discursos dos vários
representantes presentes, sendo consensual
o papel desta associação na divulgação das
potencialidades do concelho cuja beleza
inspira todos estes poetas e também seus
fadistas. Juntou-se aos elementos da mesa o
poeta Elmano para apresentar o seu livro de

ESCREVO UM VERSO NA ÁGUA

Editado pela Associação Academia Ramiro
Freitas, a última obra de Fernando Fitas
“Escrevo um verso na água”, foi apresentado
no Seixal no passado dia 21 de Outubro,
numa sessão realizada no restaurante o Bispo,
que concitou o interesse de um significativo
grupo de amigos e admiradores do autor.  
Prefaciado por Manuel Ambrósio Sanchez,
professor de literaturas latinas e subdirector do
departamento de literatura da Universidade
de Salamanca, e ilustrado por Eduardo
Palaio, este livro é um grito de alerta contra
o alheamento com que temos olhado para

os naufrágios ocorridos no Mediterrâneo
e a intolerância com que os refugiados, em
muitos casos, têm sido tratados por algumas
franjas da população portuguesa, situação
que assume contornos de paradoxo, pois
quem a protagoniza parece esquecer-se do
flagelo da emigração ocorrido em Portugal
nos anos sessenta do século passado.
De acordo com o prefaciador “este tremendo
canto, é um longo lamento pelo desenraizamento
que, de um modo ou outro, todos sofremos,
especialmente aqueles que, como o autor, por
razões diversas se viram obrigados a abandonar

a sua terra de origem e com isso perderam a
ligação íntima com o espaço, com a aldeia, com
a casa natal”.
A referida sessão contou com as participações
António Amaral, presidente da Associação
editora da mencionada obra e do escritor
António Costa Neves, que analisou
detalhadamente o conteúdo da mesma, aos
quais se juntaram as participações musicais
de Francisco Naia e Vítor Sarmento com a
interpretação de algumas canções alusivas
à temática da emigração e à luta pela
sobrevivência.

“A Comédia Fantástica”
já estreou
poemas “Maresia” do qual fez uma breve
síntese e declamou alguns poemas, sendo
o moderador desta sessão o poeta Pinhal
Dias. Terminada a sessão solene, iniciou-se
a Animação. Feita com grande qualidade
pela “prata da casa”. Começou com a
apresentação dos Jograis do Mensageiro
que declamaram poemas de sua autoria e
da qual constaram poemas de sátira social
ao presente momento político. O Grupo
Musical da Associação de Reformados do
Casal do Marco entoou algumas canções
tradicionais. Prosseguiu a festa com a
declamação de alguns poemas por parte
dos associados e um momento musical
proporcionado pelos fadistas da casa, tendo
sido muito aplaudidos pela plateia. Muita
alegria, muito entusiasmo, numa tarde
dedicada à cultura e à confraternização.
Para terminar teve lugar o lanche partilhado
e o salutar convívio de todos os sócios,
familiares e amigos.
Maria Vitória Afonso

Foi na passada 4.ª Feira, dia 25 de Outubro,
que estreou no Teatro Politeama a peça de
Noël Coward: “A Comédia Fantástica” – ou
em inglês “Blithe Spirit”.
Filipe La Féria reuniu um naipe de grandes
actores para interpretarem esta hilariante
comédia, um texto absolutamente fantástico,
constantemente representado na Broadway e
em Londres, que recentemente arrebatou os
“Tony” americanos e os prémios de teatro
britânicos.
Sendo uma comédia radicalmente fora
do comum exige grandes actores para a
interpretarem e levarem o público de surpresa
em surpresa. A versão portuguesa conta com
a participação de Manuela Maria, Cristina
Oliveira, Helena Isabel, Rita Salema, Patrícia
Resende, Carlos Quintas, Maria Henrique,
Nuno Guerreiro e Marina Albuquerque, que
demonstram a sua classe de comediantes em
papéis que foram representados por grandes
actores em todo o Mundo.
Filipe La Féria apostou numa inesperada e
surpreendente comédia que fará o público
rir até às lágrimas numa situação inesperada
de puro e inteligente divertimento. Grandes

actores, fazendo bom teatro e dando duas
horas de felicidade ao público desta Comédia
Fantástica.  
A Comédia Fantástica está em cena de 4.ª a
Sábado às 21:30 horas, Sábados e Domingos
às 17:00 horas. As reservas poderão ser feitas
através do número 213 405 700.

ROSTOS DO SEIXAL
Músico de coração cheio, nasceu em
Alcochete onde começou a aprender música
aos quinze anos de idade na Sociedade
Imparcial 15 de Janeiro de 1898 daquela
vila piscatória ribatejana, iniciando a
aprendizagem de flauta transversal e
passando posteriormente para o clarinete
onde, a pedido do pai, executou até aos 34
anos na sua terra natal, vindo depois para o
Seixal, onde permanece até hoje.
Integra a banda da Sociedade Filarmónica
União Seixalense - “Os Prussianos” em
1966 a convite de um executante da mesma
banda: José Rebelo, conhecido como o
“Parrana”, após visitar a coletividade para
JOSÉ LUÍS CHAGAS
(1931)

assistir ao famoso “Enterro do Bacalhau”,
no final do Entrudo. Viveu muitas épocas
áureas na coletividade, tendo sido dirigido
pelos maestros António Fortunato de Sousa,
José Encarnação Ferreira, Alves Amorim e
Armindo Luís, o atual mestro.
Embora tivesse grande ligação à música, a
sua profissão foi a de auxiliar contínuo numa
escola do Montijo e,
mais tarde, na Escola Secundária Dr. José
Afonso, nas Cavaquinhas (à época a Escola
Industrial e Comercial).
Ao longo de cinco décadas, José Luís
Chagas tem dado o melhor que sabe pela
banda da União Seixalense, continuando

ainda hoje no ativo, sempre com atenção aos
elementos que o rodeiam, para auxiliar com
algum compasso ou anotação, preferindo,
segundo o próprio, estar sempre a tocar, pois
o ambiente jovem da banda e o carinho com
que é sempre tratado mantêm-no assíduo à
atividade regular da banda.

Mário Barradas