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reportagem
2

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E INTE
Realizou-se no passado dia 25 de Janeiro, no auditório dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal,
um colóquio em que estiveram presentes cerca de 80 participantes e onde foram debatidos temas de grande
interesse para os empresários.

Celino Cunha Vieira

editorial

DR

Os mais antigos lembram-se
certamente que há uns anos o Município
do Seixal aderiu ao Movimento ZLAN
– Zona Livre de Armas Nucleares,
ficando nós muito mais descansados e
com a convicção de que não seriam aqui
instaladas rampas de lançamento dessas
perniciosas ogivas que tanto ameaçam
a humanidade. Nessa altura pouco ou
nada se falava sobre a Central de Almaraz
que já estava instalada onde está hoje e
muito menos na Siderurgia Nacional
que à época cumpria a legislação sobre
a poluição ambiental e as condições de
trabalho dos seus colaboradores.
Hoje o panorama é bem diferente e
os ecologistas tão preocupados e activos
sobre a continuação de Almaraz, não se
insurgem com aquilo que está dentro
das nossas fronteiras e à nossa porta,
podendo provocar danos na saúde
pública com o que a empresa MEGASA
lança para a atmosfera, prejudicando não
só quem vive ou trabalha em Paio Pires,
mas também a muitos quilómetros de
distância.
Queremos continuar livres de Armas
Nucleares, mas também desejamos
poder respirar um ar que não afecte os
nossos pulmões e por isso o apelo de
“Os Contaminados” para que haja a
coragem de denunciar as irregularidades
de quem tem a obrigação legal e moral
de funcionar de acordo com as normas
estabelecidas.
Estivemos no Colóquio sobre
Desenvolvimento
Económico
e
Internacionalização realizado nos
Serviços Centrais da CMS, onde muitos
empresários puderam ser esclarecidos
sobre as oportunidades existentes.
Sem o aumento da produção não
haverá aumento das exportações e sem
crescimento económico não haverá
criação de novos empregos sustentáveis
e com direitos.
Nos “destinos” fomos até à Nazaré,
uma cidade com alma, onde ainda se
podem ver pescadores com camisas aos
quadrados e mulheres com as suas sete
saias sobrepostas.
Um outro tema de muito interesse é
a entrevista que efectuámos à Drª Lina
Brás que nos fala sobre a saúde oral, tão
desprezada pelo Serviço Nacional de
Saúde, como se a mesma tivesse uma
importância menor e não fosse essencial
para a vida de uma população que se
quer saudável em todos os seus aspectos.
Com a transmissão televisiva do
encontro amigável entre as selecções
de Futsal de Portugal e da Rússia o
Seixal esteve mais uma vez em foco e
que bom seria voltarmos a ter mais
provas desportivas de âmbito nacional,
tal como no passado aconteceu com
outras modalidades, como o ciclismo,
o futebol, o hóquei em patins, o
basquetebol e o atletismo.

Com a sessão de abertura a cargo
do Vereador Joaquim Tavares, em
substituição do Presidente da Câmara, que
iniciou o Encontro com a caracterização
territorial do Concelho e da sua estrutura
socioeconómica, de onde se destaca a sua
localização geoestratégica, a população
jovem e qualificada e o tecido empresarial,
que regista interessantes indicadores de
dinamismo e sustentação, possuindo forte
diversidade de actividades económicas.
O Município tem vindo a
promover uma estratégia integrada de
desenvolvimento do território, apostando
na reabilitação do património históricocultural, na preservação do património
natural, na náutica de recreio enquanto
fileira económica e turística de grande
significado para a Região, na qualificação
e refuncionalização do espaço público,
para melhor servir a população, na
dinamização e valorização do tecido
económico local instalado, com destaque
para o sector do comércio e prestação de
serviços e na captação de investimento
privado que potencie o surgimento de
novas actividades económicas e projectos
inovadores.
Destacou ainda a qualificação
dos espaços industriais através da
criação de condições para a procura
de novas unidades produtivas, sendo
uma estratégia fundamental para a
dinamização económica e produtiva do
Concelho do Seixal, da Região e do País,
atingindo quase 1 000 hectares no total
do concelho, donde se destacam 460
hectares para indústria e logística e 300
hectares para industria transformadora
pesada.

Administração, Redacção
e Publicidade

Director: Fernando Borges - CP1608
Registo do título: 125282
Depósito Legal: N.º 267646/07
Contribuinte N.º 194 065 499
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Demétrio Alves, da Área Metropolitana
de Lisboa, apresentou algumas das
características da AML, referindo que é
uma área metropolitana de Tipo 2 junto
com mais 18 casos (Atenas, Basileia,
Berna, Birmingham, Bolonha, CardiffBristol, Dublin, Genebra, Gothenburg,
Istambul, Luxemburgo, Maas-Rhine,
Manchester-Liverpool, Oslo, RhineNeckar, Strasbourg, Stuttgart, Valência)
Debruçando-se sobre os fundos
comunitários, e para além da
complexidade da engenharia de acesso aos
mesmos, referiu que o Portugal 2020 tem
um envelope financeiro de 25.000 M€,
dos quais apenas 833 M€ estão afectos ao
PORLIsboa, o que representa 3%.
Esclareceu que Setúbal se encontra
impedida de aceder aos fundos
comunitários que se destinam a beneficiar
as regiões menos desenvolvidas, por
estar englobada numa NUT II (Lisboa.
Permanecendo, desde há muitos anos, as
diferenças socioeconómicas que poderão
ser expressas através do PIB per capita entre
as duas regiões que fazem parte da NUTII
Lisboa, parece ser oportuno equacionar e
vir a colocar em prática políticas públicas
que promovam uma maior coesão
socioeconómica e territorial na AML.
Assim, apresentou uma hipótese, que se
encontra em estudo, de reconfiguração
política e administrativa territorial (nova
NUTII) composta pela Grande Lisboa
(Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Loures,
Odivelas e Amadora) e por algo designado
por Coroa Metropolitana (Península de
Setúbal, Benavente, Vila Franca de Xira,
Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte
Agraço e Mafra), facilitando o acesso

Director Adjunto: Celino Cunha Vieira TE1218
Directora Comercial: Ângela Rosa
Paginação: Sofia Rosa
Desporto: Luis Pontes CO1039
Repórter: Fernando Soares Reis CP6261
Colaboradores: Adriana Marçal, Agostinho António Cunha,
Alvaro Giesta, ANIVET - Consultório Veterinário, Dário Codinha,
Fernando Fitas CP2760, Hugo Manuelito, José Henriques, José
Lourenço, João Araújo, Jorge Neves, José Mantas, José Sarmento,

destas ultimas a fundos comunitários.
José Vale, do IAPMEI, centrou a sua
apresentação nos sistemas de incentivos
do Portugal 2020, esclarecendo sobre
o âmbito territorial (todo o território
do continente) e sectorial, para
todas as actividades económicas com
especial incidência para a produção
de bens e serviços transacionáveis e
internacionalizáveis ou que contribuam
para a sua cadeia de valor e não digam
respeito a serviços de interesse económico
geral.
Na vertente de Inovação Empresarial
e Empreendedorismo, informou sobre os
auxílios do Estado, que, no caso concreto
da Península de Setúbal, se resumem a
10%.
Isaú Maia centrou a sua apresentação
nos meios e técnicas de dinamização do
comércio local, face ao desenvolvimento
das grandes superfícies comerciais nas
cidades ou na periferia, e a instalação
de grandes cadeias de lojas de marcas
de referência estrangeiras, a preços
competitivos, que diversificaram a oferta
de produtos e de serviços e deram início
a um processo de modernização e de
mudança de hábitos nos consumidores,
sendo quase impossível competir com as
grandes (ou mega) superfícies.
Deixou ainda algumas sugestões,
como a melhoria do estacionamento,
incentivar marcas de referência a abrirem
lojas âncora, o embelezamento do espaço
envolvente, a uniformização dos horários
de funcionamento dos estabelecimentos e
o aprofundamento da ligação com a CMS e

Maria Vitória Afonso, Maria Susana Mexia, Mário Barradas, Miguel
Boieiro, Paulo Nascimento, Paulo Silva, Pinhal Dias, Rúben Lopes,
Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.
Impressão: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A.
Tiragem: 15.000 exemplares
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