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Cultura

CSS | 16 de Junho de 2017

4

Histórias Associativas (15)*

o vozeiro

Rui Hélder Feio

PERGUNTAS E RESPOSTAS

O artigo 2º no seu segundo ponto desse diploma
diz:
Excluem-se do âmbito de aplicação do presente
decreto-lei:
a) As entidades prestadoras de cuidados de saúde
quando, atendendo à natureza dos serviços
prestados designadamente, por estar em causa o
direito à proteção da saúde e do acesso à prestação
de cuidados de saúde, a ordem do atendimento deva
ser fixada em função da avaliação clínica a realizar,
impondo-se a obediência a critérios distintos dos previstos no presente decreto-lei;

Envie a sua questão para:
duvidas@ruifeio.pt

Em reconhecimento pelo atrevimento de
que os rapazes da União haviam dado prova
quando ousaram avançar para uma iniciativa
tão trabalhosa, Fialho Gouveia e Raul Solnado,
dois dos autores do referido programa televisivo,
ao tomarem conhecimento do projecto não
quiseram deixar de a ele se associar, participando
num desses espectáculos. O mesmo aconteceu
com os poetas David Mourão Ferreira e Natália
Correia, o actor Igrejas Caeiro e a locutora da
Emissora Nacional Maria Leonor.
De acordo com Adelino Cunha, “ este evento,
que deu brado entre as gentes do Seixal,
acabava, afinal, por se tornar no principal tema
de conversa dos habitantes da terra nos dias
imediatos à sua realização, mercê da diversidade
de assuntos que abordava, da popularidade dos
convidados que nele participavam e do interesse
que as declarações destes despertavam na opinião
pública local.”
De arrumador da sala de baile
a membro da Comissão do Centenário

Fernando
Fitas

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Conselho Técnico da Associação de Basquetebol
de Setúbal, em representação do referido clube. ”
Antes disso, fora campeão concelhio de ténis
de mesa, pelo SFC; vice-campeão de bilhar, em
segundas categorias, pela sociedade; elemento do
orfeão do antigo Clube Recreativo do Seixal; do
Grupo Coral da União e fundador do conjunto
“SUS MUSIC”, que mais tarde deu origem ao
conhecido “Grupo de Baile”, um agrupamento
de música ligeira que no final dos anos setenta
conquistou assinalável sucesso com o tema
“Patcholy”.

Homem de Múltiplos Ofícios

Contudo, outros episódios repousam também
no acervo memorial de Adelino Cunha,
nomeadamente os bailes de Carnaval, em
particular os da pinhata e do bacalhau’, este,
normalmente, dedicado às tripulações dos navios
bacalhoeiros que aqui vinham descarregar e
aos trabalhadores que laboravam na seca do
bacalhau, geralmente, pessoas, provenientes de
Aveiro, Ílhavo e Ovar.

Homem de grande sensibilidade e de vários
afazeres mormente os que se reportam ao domínio
da fruição cultural e da criação poética, Adelino
Cunha, desempenhou, igualmente, e, por mais
de uma década, diversos cargos directivos na
Associação dos Bombeiros Voluntários do Seixal,
além de ser um dos elementos do “Trio Hortelão”,
agrupamento que fundou, com dois ‘velhos’
amigos, no âmbito da Associação de Reformados
e Idosos do Seixal, visando a recuperação da
“Era um modo de angariarmos fundos para a antiga arte dos jograis.
sociedade e, ao mesmo tempo, uma maneira
“Mais do que tudo,” salienta, “ toda
a vida procurei dar o meu modesto
contributo à divulgação do nome
da minha terra. Essa, foi, de resto, a
intenção que me motivou em 1947,
a ingressar na primeira equipa de
juniores do Seixal Futebol Clube, em
basquetebol e a participar nos órgãos
directivos tanto da União, bem como
noutras agremiações, durante quase
cinquenta anos. Um dos cargos que
desempenhei foi o de presidente do

“Fui eu quem se responsabilizou, pelo
empréstimo de 150 contos, aos rapazes do
aludido grupo para que estes comprassem duas
violas e uma bateria. Esse empréstimo, acabaria
por estar na génese de uma certa censura de que
fui alvo por parte de alguns consócios, que me
acusaram de estar a desviar os jovens da banda
da sociedade. O que não era, de todo, verdade.
Aliás, uma das condições que impôs aos rapazes
para a concessão do empréstimo, era a de que,
em contrapartida pela cedência das instalações
da Sociedade para os ensaios, teriam que efectuar
gratuitamente dois bailes por mês.
Enfim, mal entendidos que o tempo acabaria por
esbater,” refere com natural satisfação.
*Excertos de “Histórias Associativas- Memórias
da Nossa Memória – 1º Volume As Filarmónicas”.
Edição Câmara Municipal do Seixal.-2001

DR

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ROSTOS DO SEIXAL
MARIA
BENEDICTA DE
BRAGANÇA
(1746 - 1829)

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b) As conservatórias ou outras entidades de registo, quando a alteração da ordem de atendimento
coloque em causa a atribuição de um direito subjetivo
ou posição de vantagem decorrente da prioridade do
registo.
escolha os serviços de um profissional, contacte o
Solicitador.

DR

de estabelecermos uma relação de
convívio com toda essa gente que
vinha para o Seixal em busca do seu
sustento,” relata Adelino Cunha que
faz ainda notar os bailes do ‘Vestido de
Chita’ e do tradicional concurso que
os caracterizava, o da ‘Cadeira’ e o da
‘Batata’, nos quais eram postos à prova
a perícia dos dançarinos.
Para este associado da União Seixalense,
que diz ainda recordar-se do dia em
que, com apenas cinco anos, lhe foi
dada a tarefa de transportar cadeiras
para o coreto, em ordem a preparar um
dos concertos que a banda ali deu. “Esse foi o
primeiro trabalho que fiz para esta casa. Com a
maior das alegrias,” realça.
Membro da comissão executiva das
comemorações do centenário da colectividade,
Adelino Cunha, sublinha que do vasto programa
de realizações levadas a cabo a propósito da
efeméride, a sessão que contou as presenças do
maestro João de Freitas Branco e do poeta e
escritor David Mourão Ferreira nos festejos, foi
uma das que mais o sensibilizou.

DR

Pergunta: Sou senhorio, arrendei um apartamento há três anos e já por três vezes tive de substituiro
exaustor às minhas expensas, pergunto, sou obrigado
a suportar estas custas, já que me parece existir má
utilização do aparelho?
Resposta: Por princípio os senhorios são os responsáveis pela reparação e estragos nos imóveis que
arrendam.
Mas, se conseguir provar que as avarias se devem a
má utilização por parte do arrendatário, pode imputar-lhe esses custos.
Para tal, aquando da reparação do equipamento,
deve solicitar relatório à empresa reparadora que comprove essa responsabilidade.
Pergunta: Sou deficiente motor. O meu patrão
exigiu-me que a partir de Abril passe a trabalhar às
sextas-feiras mais duas horas dado existir muito trabalho e não ter condições de contratar mais ninguém.
Sou obrigado a fazer essas horas?
Resposta: Não. O trabalhador com deficiência ou
doença crónica não é obrigado a prestar trabalho suplementar. Mais direi que a exigência do seu patrão
constitui contraordenação grave. Contacte a Autoridade para as condições do trabalho, telefone 213 308
700.
Pergunta: Fui à conservatória do registo automóvel registar um veículo que comprei e, mesmo
argumentando que me encontro grávida (facto bem
visível) e que pretendia exercer o meu direito de prioridade, foi-me negado.
Não houve posição abusiva por parte da funcionária? Em casos destes como posso reclamar?
Resposta: Na realidade a funcionária do registo
automóvel procedeu corretamente ao negar-lhe o direito de prioridade já que esse direito não se aplica aos
registos. Suponha que o mesmo carro foi vendido 10
minutos antes a outra pessoa pelo mesmo vendedor e
que de boa fé, desconhecendo a maldade essa pessoa
ia registar e entretanto foi ultrapassada por outra que
exerceu o direito de prioridade…
Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º
58/2016, de 29 de agosto, que instituiu a obrigatoriedade de prestar atendimento prioritário às pessoas com deficiência ou incapacidade, pessoas idosas,
grávidas e pessoas acompanhadas de crianças de colo,
para todas as entidades públicas e privadas que prestem atendimento presencial ao público, deixa de fora
algumas exceções, sendo uma delas a registral.

Homem de múltiplos ofícios
a favor da sua colectividade

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Nasceu em Lisboa, sendo batizada de
Maria Francisca Benedicta Ana Isabel
Josefa Antónia Lourença Inácia Gertrudes
Rita Joana Rosa de Bragança, irmã da
rainha Dona Maria I, ultima filha do rei
Dom José I e da rainha consorte Dona
Mariana Vitória de Bourbon, foi Infanta
de Portugal.
Amante das artes, esta inteligente
infanta recebeu aulas de música do

maestro David Perez (que compôs a
grandiosa ópera Alessandro Nell' Índie
que inaugurou a Ópera do Tejo em
Lisboa, desaparecida meses depois com o
Terramoto de 1755), aulas de pintura com
Domingos Sequeira (de onde se salienta
um painel na Basílica da Estrela, em
Lisboa, pintado em conjunto com a sua
irmã Dona Maria Ana), aulas de dança e
escrevia poesia regularmente e em diversas
línguas.
Na freguesia de Amora (que à época
pertencia ao termo de Almada), Dona
Maria Benedicta teve um palácio e uma
quinta, onde viveu vários anos e que,
posteriormente, passou para a infanta
Dona Isabel Maria. Foi ainda a fundadora
do Hospital dos Inválidos de Runa.
A
Princesa-Viúva,
como
ficou

conhecida, morreu aos 83 anos no seu
Palácio da Amora (que se encontra em
elevado estado de abandono e degradação),
hoje localizado no concelho do Seixal,
tendo contribuído para o enriquecimento
cultural e artístico do país e deixando
bens patrimoniais no Palácio, muitos
deles roubados após o 25 de abril de 1974.
Envie a sua sugestão
de «Rosto do Seixal» para:
comerciodoseixal@gmail.com

Mário Barradas